Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://bdtd.fuv.edu.br:8080/jspui/handle/prefix/192
Tipo: Dissertação
Título: Identidade AA: Os caracteres de religiosidade na construção do modelo terapêutico da Irmandade de Alcoólicos Anônimos VITÓRIA - ES 2014
Autor(es): CLARINDO, SONIA MARIA CALIXTO
Primeiro Orientador: Santos, Francisco de Assis Souza
Primeiro membro da banca: Filho, José Adriano
Segundo membro da banca: Gentilli, Raquel de Matos Lopes
Terceiro membro da banca: Santos, Francisco de Assis Souza dos
Resumo: O objeto desta pesquisa tem como foco a análise do fenômeno religioso e a compreensão do processo terapêutico no espaço da Irmandade dos Alcoólicos Anônimos - AA. Estes grupos se apresentam como uma irmandade, a qual busca acolher aqueles que consideram portadores da doença do alcoolismo (doença esta de natureza física, emocional e espiritual), oferecendo-lhes apoio para alcançarem a chamada sobriedade. Neste trabalho busco analisar como os membros dessa Irmandade (denominados adicto em recuperação), vivenciam e expressam a sua espiritualidade e quais os resultados dessa expressão entre os seus companheiros de grupo. A recuperação no AA diz respeito ao percurso terapêutico ao qual são submetidos seus participantes, e nesse sentido é um processo a ser administrado por toda a vida, através de um movimento constante que tem como resultado a sua transição de uma vida tida como plena de infortúnios, para uma vida útil e feliz, adquirida por meio da ajuda mútua e pela prática de princípios de conduta considerados como espirituais, onde substituem a dependência alcoólica pela dependência ao chamado “Poder Superior”. Quando o membro de AA se afirma recuperado ou em recuperação quer comunicar que não ingere mais bebidas alcoólicas, mas que participa da Irmandade, seguindo os preceitos como recomendado, e é neste sentido, que se encontra constantemente sóbrio. Recuperar significa mais do que não ingerir bebidas alcoólicas, pois implica, na condição de alcoólico em recuperação, compartilhar com os demais, as categorias referentes à visão institucional sobre sua nova realidade, e assim, incorporar o AA “como um modo de vida”.
Resumo Alternativo: The object of this research focuses on the analysis of religious phenomena and understanding of the therapeutic process in the fellowship of Alcoholics Anonymous space - AA. These groups present themselves as a brotherhood, which seeks to accommodate those considering patients with the disease of alcoholism (disease is physical , emotional and spiritual nature), offering them support to achieve the so-called sobriety . In this work I seek to analyze how members of the brotherhood (called recovering addict), experience and express their spirituality and what the results of that expression among their group mates. The recovery in AA is about the therapeutic course to which they are subjected its participants, and in that sense is a process to be administered for life , through a constant motion that results in its transition from a life taken as full of misfortunes for a useful and happy life, acquired through mutual aid and the practice of principles of conduct regarded as spiritual, where they replace alcohol dependence by dependence called "Higher Power ". When the AA member states recovered or recovering wants to communicate that do not ingest more alcohol, but participating in the brotherhood, following the precepts as recommended, and it is this sense that is constantly sober. Recovering means more than not drinking alcohol, as it implies, the condition of recovering alcoholic, share with others, the categories related to institutional vision about his new reality, and so incorporate AA " as a way of life ."
Palavras-chave: AA, alcoolismo, espiritualidade, terapêutica, Poder Superior.
AA, alcoholism, spirituality, therapeutic, Higher Power.
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::TEOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Faculdade, Instituto ou Departamento: Ciências da Religiões
Nome do Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões
Citação: ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo,Martins Fontes, 2000. Alcoólicos Anônimos. http://www.alcoolicosanonimos.org.br. ALMEIDA, Maria Suely Kofes et Alii. Colcha de retalhos: estudos sobre família no Brasil. São Paulo,Brasiliense, 1982. ALVES, Rubem. O enigma da religião. São Paulo, 4ª Edição, Papyrus, 2002. 93 ARANTES, Antonio Augusto. Pais, padrinhos e Espírito Santo: um reestudo do compadrio. São Paulo, Brasiliense, 1982. ARAÚJO, Vicente A. Para compreender o alcoolismo: teoria e prática. São Paulo, Edicon, 1986. BERGER, Peter L. & LUCKMAN, Thomas. A Construção social da realidade. Petrópolis, Vozes, 2003. BERGER, Peter, O Docel Sagrado: elementos para uma teoria sociológica da religião. São Paulo, Paulinas, 1985. BOHM, David. A totalidade e a ordem implicada – Uma nova percepção da realidade. São Paulo, Cultrix, 1992. BOURDIEU, Pierre. O Poder simbólico. Lisboa, Bertrand Brasil/Difusão Editorial, 1989. BRANDÃO, Helena H. Naganime. Introdução à análise do discurso. São Paulo, Ed. da UNICAMP, 1998. BUBER, Martin. Eu e Tu. São Paulo, Centauro, 2001. CAMPOS, Edemilson Antunes de. Nosso remédio é a palavra: uma etnografia sobre o modelo terapêutico de Alcoólicos Anônimos. Rio de Janeiro, Fiocruz, 2010. CHALMERS, David J. O Enigma da consciência, Scientific American Brasil. São Paulo, Edição Especial Segredos da Mente, ano I, n. 4, p. 40-49, jun. 2004. CHAUI, Marilena. Brasil: Mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo, Fundação Perseu Abramo, 2000. ______ Convite à filosofia. São Paulo, Ática, 2000. CRAAB, Larry. Atravessar problemas e encontrar a Deus. São Paulo, Sepal, 1997. CROATTO, José Severino. As linguagens da experiência religiosa: uma introdução à fenomenologia da religião. São Paulo, Paulinas, 2001. 94 COMTE-SPONVILLE, André. Pequeno tratado das grandes virtudes. São Paulo, Martins Fontes, 1997. Dicionário Crítico de Análise Junguiana. http:// www.rubedo.psc.br/dicjung/verbetes/ psianali.htm. Dicionário Jurídico - DireitoNet. http://www.direitonet.com.br. Dicionário Online de Português. http://www.dicio.com.br . DURAND, Gilbert. O imaginário: ensaio acerca das ciências e da filosofia da imagem. Rio de Janeiro, DIFEL, 2001. DURKHEIM, Émile. As Formas Elementares da Vida Religiosa. São Paulo, Martins Fontes, 2000 . Eliade, Mircea. O Sagrado e o Profano. Tradução de Rogério Fernandes, São Paulo, Martins Fontes,1992. ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador: uma história dos costumes. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1990. ______ O Processo Civilizador: formação do Estado e civilização. Vol. 2, Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1994. Existe uma solução. Blog feito por membros de AA, com um único objetivo: transmitir a mensagem de AA ao alcoólico que ainda sofre. http://www.existeumasolucao.com.br. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 29ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987. GARCIA, Ângela Maria. E o verbo (re)fez o homem: estudo do processo de conversão do alcoólico ativo em alcoólico passivo. Niterói, Intertexto, 2004. GEERTZ Clifford. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2001. GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1975. Grupos de Familiares AL-ANON do Brasil: “Em todas as nossas atividades” 95 ____ Tirando proveito das crises. 2ª ed. Os grupos.São Paulo, 2001. _____ Os caminhos para a recuperação, passos tradições e conceitos do Al-Anon. Os grupos. São Paulo, 2002. HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Fenomenologia do Espírito. 2ª ed., Petrópolis, Vozes,1992. HERNANDEZ, Carlos José. O lugar do sagrado na terapia. Nascente, Cppc, 1986. JAMES, William. As variedades da experiência religiosa. São Paulo, Cultrix, 1992. JUNAAB – Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos do Brasil, A.A. como Recurso para os Profissionais de Saúde. São Paulo, 1994. ______ Alcoólicos Anônimos, São Paulo. 2004. ______ Alcoólicos Anônimos Atinge a Maioridade. São Paulo, 2004. ______ As Doze Tradições Ilustradas. São Paulo, 1997. ______ Compartilhando a sobriedade. São Paulo, 2003. ______ Conferências de Serviços Gerais de AA: Viver sóbrio. São Paulo, 1977. ______ Despertar Espiritual: viagens do espírito das páginas de AA Grapevine. Trad. Conchita Ferrero, São Paulo, 2011. ______ Manual do CTO. São Paulo, 2003. ______ Os Doze Passos e as Doze Tradições. São Paulo, 2013. ______ Os Doze Passos Ilustrados. São Paulo, 1995. ______ Revista Vivência. São Paulo, Edições: 134, ano 26, nº 61, novembro-dezembro/2011; 138, ano 27, nº 04, julho-agosto/2012; 141, ano 28, nº 01, janeiro-fevereiro/2013. ______ Viemos Acreditar...: a aventura espiritual de A. A. Tal como experimentada pelos membros. São Paulo, 1996. 96 ______ Viver Sóbrio. São Paulo, 2004. ______ 44 Perguntas. São Paulo, 2003. JUNG, Carl Gustav. A natureza da psique. Petrópolis, Vozes, 2000. ______ Memórias, sonhos, reflexões. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1975. ______ O desenvolvimento da personalidade. 10ª Ed., Petrópolis, Vozes, 2008. ______ O eu e o inconsciente. Petrópolis, Vozes, 1996. ______ O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1964. ______ Psicologia do inconsciente. Petropólis, Vozes, 1971. ______ Psicologia e religião. Petrópolis,Vozes, 1978. ______ Sincronicidade: um princípio de conexões acausais. Petrópolis, Vozes, 1984. ______ Tipos psicológicos. Petrópolis, Vozes, 1991. KANT, Immanuel. Pratical Philosophy. Cambridge, Cambridge University Press, 1996. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2004. LÉVI-STRAUSS, Claude. “A eficácia simbólica” In Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1973. ______ “A estrutura dos mitos” In Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1975. ______ “O Feiticeiro e sua magia” In Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1973. MACHADO, L. D. Subjetividades contemporâneas, in BARROS, M. E. B. (Org.). Psicologia: questões contemporâneas. Vitória, EDUFES, 1999. MARIZ, Cecília L. Embriagados no Espírito Santo: reflexões sobre a experiência pentecostal e o alcoolismo, In Antropolítica: revista contemporânea de Antropologia e Ciência Política. Niterói: EdUFF, v. 2, n 15, 2 sem., 2003. 97 MASCARENHAS, Eduardo. Alcoolismo, drogas e grupos anônimos de mútua ajuda. São Paulo, Siciliano, 1990. MAUSS, Marcel. A prece, in Ensaios de Sociologia. São Paulo, Perspectiva, 2001. ____ As técnicas do corpo, in Sociologia e Antropologia. São Paulo, Cosac & Naify, 2003. ____ Ensaio sobre a dádiva: forma e razão da troca nas sociedades arcaicas, in Sociologia e Antropologia. São Paulo, Cosac & Naify, 2003. ____ Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a de ‘eu”, in Sociologia e Antropologia. São Paulo, Cosac & Naify, 2003. Nossa Língua Portuguesa. http://nossalinguaportuguesa.com.br. OLIVEIRA, Rosiane Gonçalves de. Um novo alcoolista: cotidiano e identidade de membros de alcoólicos anônimos. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, 1998. OLIVEIRA, Vera L. Alcoolismo: fenômeno do corpo, da alma e da cultura. Dissertação de Mestrado em Antropologia Cultural, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010. OTTO, Rudof. O sagrado: os aspectos irracionais na noção do divino e sua relação com o racional. São Leopoldo/RS, Sinodal, 2007. PADEN, William E. Interpretando o sagrado: modos de conceber a religião. São Paulo, Paulinas, 2001. PEIRANO, Mariza. Rituais ontem e hoje. Rio de Janeiro, Jorge Zahar , 2003. PESSOA, Adalberto Ricardo. A quinta força – uma nova visão da alma humana. São Paulo, DPL, 2003. Portal Serenidade. http://www.aa-areasp.org.br/portal/serenidade.html. Psicologia Analítica/Psicologia Sandplay.http://www.psicologiasandplay.com.br/ psicologia-analitica. 98 RAMOS S. P. e Colaboradores. Alcoolismo hoje. Porto Alegre, Artes Médicas, 1987. RIZZUTO, Ana- Maria. O nascimento do Deus vivo: um estudo psicanalítico. São Leopoldo/RS, Sinodal, 2006. SAHLINS, Marshall. Cultura e razão prática. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2003. SAMUELS, Andrew; SHORTER, Bani; PLAUT, Fred. Dicionário crítico de análise junguiana. Rio de Janeiro, Imago, 1998. SANTOS, Marinéia do Socorro Carvalho dos. Da Doença à cura carismática: implicações e transformações numa prática terapêutica religiosa. Dissertação (Mestrado em Antropologia) - Universidade Federal do Pará, Belém, 2002. SEGALEN, Martine. Ritos e rituais contemporâneos. Rio de Janeiro, FGV, 2002. Seminário dos Doze Passos de AA. http://passeamensagem.wordpress.com /2013/04/14/seminario-dos-doze-passos-de-a-a. STEIN, Murray. Jung: O Mapa da Alma. São Paulo, Cultrix, 1998. The Lasker Foundation - Awards. http://www.laskerfoundation.org TILLICH, Paul. A coragem de ser: baseado nas Conferências Terry, pronunciadas na Yale University, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1972. TILLICH, Paul. Dinâmica da Fé. São Leopoldo/RS,Sinodal, 1974. TURNER, Vitor. O Processo ritual: estrutura e anti-estrutura. Rio de Janeiro, Vozes, 1974. VAN GENNEP, Arnold. Os Ritos de passagem. Rio de Janeiro, Vozes, 1978. VELHO, Gilberto. Nobres & anjos: um estudo sobre tóxicos e hierarquia. Rio de Janeiro,Fundação Getúlio Vargas, 1998. VELHO, Otávio. O que a religião pode fazer pelas Ciências Sociais, in Religião & Sociedade, Rio de Janeiro, v.19, n.1, jun./1998. WERNECK,Vera Rudge. O eu educado: uma teoria da educação fundamentada na fenomenologia. Rio de Janeiro, Rio Fundo, 1991.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://bdtd.faculdadeunida.com.br:8080/jspui/handle/prefix/192
Data do documento: 20-Fev-2014
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências das Religiões

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertação - Sônia Maria Calixto Clarindo.pdfDissertação - Sônia Maria Calixto ClarindoDissertação - Sônia Maria Calixto Clarindo1,4 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.